Israel alertou os Estados Unidos que um exercício de mísseis realizado pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) poderia ser usado como uma proteção para preparar um possível ataque de mísseis contra o país, informou a Axios no domingo.
“As chances de um ataque iraniano são menores que 50%, mas ninguém está disposto a correr o risco e apenas dizer que é apenas um exercício”, disse uma fonte israelense, segundo o relatório.
Axios citou três fontes israelenses e americanas com conhecimento sobre o assunto, assegurando que o governo israelense “baixou o padrão de tolerância após os ataques de 7 de outubro e não permitirá nenhum tipo de ameaça.”
A fonte americana disse ao Axios que a inteligência dos EUA não recebeu nenhuma indicação de que o Irã esteja se preparando para um ataque contra Israel.
As fontes também alertaram que o maior risco é o início de uma guerra devido a um erro de cálculo, com ambos os lados acreditando que serão atacados primeiro e lançando um ataque preventivo como contramedida.
Zamir conta a Cooper sobre exercícios iranianos
Chefe do Estado-Maior das FDI, Tenente-General Eyal Zamir teria contado ao Comando Central dos EUA, almirante Brad Cooper, sobre os exercícios de mísseis do IRGC, instando o CENTCOM a se preparar para uma possível resposta rápida contra um ataque surpresa.
Axios disse que tanto as FDI quanto o CENTCOM se recusaram a comentar sobre o assunto.
De acordo com essas mesmas fontes, as capacidades mísseis do Irã ainda estão abaixo dos 3.000 mísseis e 400 lançadores que possuía antes da guerra de 12 dias em junho, mas começou a reconstruir sua força nos últimos meses.
Essa ameaça crescente foi confirmada pelo senador norte-americano Lindsey Graham (R – Carolina do Sul) em uma entrevista ao The Jerusalem Post no domingo, que assegurou que as capacidades de mísseis iranianas agora representam uma ameaça tão grave quanto seu programa nuclear.
