Nesta quarta-feira (7), o destróier de mísseis guiados norte-americano USS John S.McCain realizou um trânsito de “rotina” no estreito de Taiwan, segundo informou a Marinha dos Estados Unidos.
Porta-voz do Exército chinês afirma que ações dos EUA enviam um sinal errado e que a estabilidade regional fica danificada. Declaração ocorre após as Forças Armadas da China terem monitorado um navio de guerra dos EUA que navegava pelo estreito de Taiwan na quarta-feira (7).
O Exército de Libertação Popular (ELP) da China emitiu um aviso aos EUA, acusando o Pentágono de enviando o “sinal errado” aos taiwaneses e “prejudicando a estabilidade regional”, reporta a agência Reuters.
A navegação do destróier norte-americano ocorre em meio às preocupações de Washington pela concentração do ELP chinês na região. Taiwan tem relatado inúmeras incursões em seu espaço aéreo pela Força Aérea chinesa nos últimos meses e, na terça-feira (6), quatro aviões militares chineses entraram no território da zona de identificação aérea (ADIZ, na sigla em inglês) de Taiwan, segundo o Ministério da Defesa taiwanês.
“O trânsito do navio pelo estreito de Taiwan demonstra o compromisso dos EUA com um Indo-Pacífico livre e aberto. Os militares dos EUA continuarão a voar, navegar e operar em qualquer lugar que a lei internacional permitir”, disse a Marinha norte-americana em comunicado. Um vídeo da missão norte-americana foi divulgado nesta quarta-feira (7).
Escalada de tensões
Nesta quarta-feira (7), o ministro das Relações Exteriores taiwanês disse que os EUA “veem claramente” o perigo de um possível ataque chinês contra a ilha. Taipé afirma estar disposta a lutar até o fim se a China atacar.
Recentemente, Taipé afirmou que comprará mísseis Patriot da montadora norte-americana Lockheed Martin. Taiwan decidiu comprar mísseis PAC-3, cujas entregas e entrada em serviço estão planejadas para 2025 e 2026, respectivamente, mas sem divulgar a quantidade obtida devido à sensibilidade do assunto.