16 de abril de 2019.
Enquanto a palavra “faraó” no contexto bíblico está tradicionalmente associada a antagonistas que escravizaram os israelenses e os mantiveram presos, um faraó pôde ter sido fundamental na criação do antigo reino de Israel.
Segundo a teoria de Israel Finkelstein, arqueólogo bíblico da Universidade de Tel Aviv, o reino israelense pôde ter sido fundado graças aos esforços do faraó egípcio, Sisaque I, que atacou Jerusalém e saqueou a cidade, como diz a Bíblia.
Entretanto, a operação de Sisaque não foi meramente predatória, mas, sim, um grande esforço voltado à segurança da hegemonia do Egito sobre Canaã, possivelmente liderando para o faraó e instalando um governante vassalo sobre os habitantes locais com o objetivo de manter o controle, explica Finkelstein.
O arqueólogo também ressalta que, as pistas sugerem que a criação do reino do norte de Israel foi possivelmente resultado dos esforços políticos de Sisaque.
Uma destas pistas estaria na Bíblia, que liga Sisaque a Jeroboão, que fundou o reino do norte. Além disso, a Septuaginta, versão da Bíblia hebraica traduzida em etapas para o grego koiné, continha versos declarando que Jeroboão se casou com a cunhada de Sisaque, com quem teve um filho posteriormente.
“Cronologicamente isso funciona bem. Teoricamente, Sisaque teria sido aquele que fez Jeroboão seu vassalo”, afirmou Finkelstein.
Entretanto, o jornal Haaretz aponta que enquanto algumas evidências arqueológicas indicam essa direção, não há qualquer “prova concreta” sobre a hipótese.
Fonte: Sputnik
https://br.sputniknews.com/oriente_medio_africa/2019041613694773-farao-biblico-reino-israelense/