Hoje, no Dia de Oração pelos Cristãos de Origem Muçulmana, vamos conhecer a história de Saeid, um líder da igreja secreta na Península Arábica que perdeu muitas coisas por causa da decisão de seguir a Jesus. Ele também é um testemunho vivo de que a fé em Cristo tudo supera.
No árabe, o nome Saeid significa “feliz” ou “abençoado”. Tem a mesma base de sa´ada, que, no Alcorão, é um termo usado para falar sobre o estado de felicidade eterna com Deus. É irônico, então, que, aparentemente, a história do cristão Saeid lembre mais desesperança e maldições do que felicidade e bênçãos.
“Eu era pastor na Península Arábica, conduzindo uma comunidade secreta de cristãos. Minha vida transbordava de propósito, alegria e pequenos prazeres, como pescar, cozinhar e elaborar estratégias para espalhar o evangelho. Contudo, certa noite, tudo que eu valorizava foi tirado de mim”, diz Saeid.
Ele sabia que ser cristão de origem mulçumana na Península Arábica não é apenas uma simples escolha, é uma decisão perigosa.
“Todo dia é um ato de malabarismo entre silenciosamente professar amor por Cristo e, ao mesmo tempo, simular uma aliança com o islamismo para sobreviver”, Saeid explica.
Fé corajosa em meio às adversidades
Quando se converteu, Saeid decidiu que dedicaria sua vida à causa do evangelho. “Apesar dos riscos, comecei a compartilhar minha fé, usando a mídia para espalhar o evangelho. Eu queria dividir o que aprendi. Minha missão era clara: despertar a Península Arábica para a esperança em Jesus Cristo.”
Compartilhar essa esperança teve um custo. Uma noite, Saeid foi emboscado por dois carros. “Vários homens me arrastaram para dentro do veículo, levaram-me até minha casa e a saquearam. Eles tomaram todos os meus eletrônicos, me vendaram, bateram em mim e me levaram para um centro de detenção onde as luzes nunca se apagam, uma tortura que causou danos aos meus olhos.”
O cristão encarou incansáveis interrogatórios. “Quando me recusei a negar à fé, eles zombaram de mim, tomaram meus óculos e forçaram-me a tomar comprimidos que me deixaram desorientado e doente. Naqueles momentos, eu me agarrei a Lucas 21.15: ‘Pois eu lhes darei palavras e sabedoria a que nenhum dos seus adversários será capaz de resistir ou contradizer’, então, quando um juiz me pediu para me arrepender, eu respondi, ‘Isso é fé, o que há para se arrepender?’.”
Depois de muitos dias sob tortura, Saeid foi liberado da prisão. Ainda hoje, ele enfrenta as consequências da sua fé em Jesus. Ele não pôde voltar a pastorear, mas está concentrado em discipular outros cristãos. Sua paixão por compartilhar as boas-novas com as pessoas de seu país continua a crescer.
“A maioria dos meus amigos me evita por medo, mas não os culpo. Nesse país, uma vez que você está marcado, você sempre é observado. Ainda assim, mesmo em solidão, Jesus me sustenta. Ele está consertando meu coração partido e restaurando minha alma”, diz Saeid.
E ele começou a recuperar o significado de seu nome. “Meu nome significa ‘feliz’ e, embora a felicidade pareça distante, eu sei que a alegria retornará. Porque meu Salvador vive, eu vivo”, conclui o cristão.
Leve o DIP 2026 para sua igreja
Com o tema Fé corajosa, o Domingo da Igreja Perseguida 2026 será no dia 31 de maio, um dia especial de oração pelos cristãos perseguidos no Oriente Médio e Norte da África. Na região, multiplicam-se histórias como a de Saeid, de cristãos que precisam ser fortalecidos e encorajados para perseverar na caminhada com Cristo. Você e sua comunidade podem fazer a diferença na vida de nossos irmãos. Clique aqui e saiba como organizar o DIP 2026 em sua igreja.
Pedidos de oração por cristãos de origem muçulmana
- Interceda para que os rejeitados pela família e comunidade encontrem cristãos que os acolham na nova fé.
- Ore por líderes cristãos capacitados para discipular os recém-convertidos.
- Peça discernimento para que cristãos de origem muçulmana possam compartilhar a fé em Jesus mesmo sob perseguição.
