Manila reprova avanço chinês nas águas filipinas, justificando que “milícias chinesas” invadem seu território marítimo.
Nesta segunda-feira (3), através de seu Departamento de Relações Exteriores, as Filipinas expressaram seu protesto contra o “monitoramento, bloqueio, manobras perigosas e desafios por rádio” da Guarda Costeira chinesa nas proximidades do mar do Sul da China, perto do atol de Scarborough, onde embarcações de guarda patrulhavam a área e conduziam exercícios.
O departamento também expressou sua rejeição à “presença incessante, ilegal, prolongada e crescente de navios de pesca e milícias marítimas chinesas nas zonas marítimas das Filipinas”.
Nos dias 24 e 25 de abril, o governo filipino disse que “a presença de navios da Guarda Costeira chinesa nas águas das ilhas Pag-asa, no atol de Scarborough e na sua Zona Econômica Exclusiva [ZEE], suscita sérias preocupações”, qualificando a presença como “uma violação flagrante” de sua soberania.
Na última quarta-feira (28), o Ministério da Defesa filipino declarou que Pequim não tem legitimidade de dizer para Manila o que pode ou não fazer em águas que considera suas. A declaração surgiu como uma espécie de resposta à oposição da China aos exercícios da Guarda Costeira das Filipinas praticados dias antes na região.
A escalada de tensões entre os dois países no mar do Sul da China vem se elevando desde que a China aprovou a lei da Guarda Costeira em fevereiro, a qual permite que sua Guarda Costeira dispare contra navios estrangeiros. Na época, o governo filipino interpretou a lei como uma grande ameaça, a classificando como “uma declaração virtual de guerra”.
Porém, não só as Filipinas reivindicam soberania na região, outros países como Vietnã, Taiwan, Malásia, Indonésia e Brunei também lutam por questões territoriais com a China nas disputadas águas do mar do Sul da China.