O convite teria sido realizado possivelmente após o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, retirar sua objeção aos países nórdicos.
Nesta quarta-feira (29), a OTAN convidou formalmente a Finlândia e a Suécia a aderirem à aliança durante a cúpula de Madri.
“Hoje, decidimos convidar a Finlândia e a Suécia a aderirem à OTAN e concordamos em assinar os Protocolos de Adesão. Em qualquer adesão à OTAN, é de fundamental importância que as preocupações legítimas de segurança de todos os aliados sejam devidamente abordadas. Parabenizamos a conclusão do memorando trilateral entre Turquia, Finlândia e Suécia para esse efeito”, declarou o bloco.
A OTAN enfatizou que a segurança dos países nórdicos era de “importância direta para a aliança, inclusive durante o processo de adesão”, e caracterizou o convite como uma reafirmação de seu compromisso da “Política de Portas Abertas” de seus membros.
A declaração da aliança ainda diz que a ação “aquece” a participação do presidente ucraniano, Vladmir Zelensky, na cúpula, e que a OTAN é totalmente “solidária” à Ucrânia, reforçando mais uma vez seu apoio incondicional para manter o conflito.
“Decidimos tomar novas medidas para intensificar o apoio político e prático personalizado aos nossos aliados, incluindo a Bósnia e Herzegovina, Geórgia e Moldávia. Trabalharemos com eles para construir uma integridade e resiliência, bem como desenvolver capacidades e defender sua independência política”, comunicou.
Anteriormente, a Turquia bloqueou o início do processo, e o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, informou reiteradas vezes que Ancara não poderia dizer “sim” às adesões da Finlândia e da Suécia por não poder acreditar nas garantias delas sobre as relações com representantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo), proibido na Turquia.
Contudo, nesta terça-feira (28), Turquia, Suécia, Finlândia e a OTAN assinaram um memorando trilateral com dez pontos, apoiando a adesão dos países nórdicos.