O regimento de Vasternorrland, dissolvido há pouco mais de 20 anos, foi agora restabelecido na Suécia, em cerimônias solenes nas cidades de Solleftea e Ostersund.
O regimento foi reinaugurado na presença do príncipe Carl Philip, em nome do rei Carl Gustaf XVI.
“Quero enviar meus calorosos cumprimentos a todos vocês que agora organizarão e estabelecerão o regimento. Em nome de sua majestade o Rei, declaro o regimento de Vasternorrland […] restabelecido”, anunciou o príncipe Carl Philip em seu discurso.
O comandante do novo regimento, coronel Jonas Karlsson, enfatizou que os soldados vão ser recrutados localmente, para manter a conexão à população e garantir um alto nível de prontidão na região de importância estratégica.
Este é mais um passo no recente fortalecimento militar do país. Na semana passada, as Forças Armadas da Suécia disseram estar aumentando sua prontidão em diversas regiões, inclusive na ilha de Gotland recentemente desmilitarizada, no mar Báltico, devido à alegada crescente atividade militar da Rússia na área.
Os recursos militares serão “reposicionados para fortalecer as operações em diversos locais” em toda a Suécia, com uma mudança “visível” em Gotland. Posteriormente, apareceram nas redes sociais imagens de veículos de combate blindados patrulhando o porto de Visby na ilha.
Com o fim da Guerra Fria no início dos anos 1990, as Forças Armadas suecas reduziram gradualmente suas forças destinadas a lidar com ameaças externas e, em vez disso, se focaram em esforços internacionais. A tendência se manifestou na redução tanto do orçamento militar, que caiu de 2,4% do PIB em 1990 para cerca de 1% em 2018, como do número das tropas, de 180 mil soldados para cerca de 20 mil atualmente. Além do mais, a partir de 1990, o número de aeronaves militares foi reduzido em 70%.
Porém, nos últimos anos, têm sido tomadas diversas medidas destinadas a reforçar a capacidade de defesa do país.
Se referindo às tensões entre a Rússia e o Ocidente, o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, disse que a atividade da Suécia no mar Báltico, entre outras ações, demonstra que é o Ocidente e não a Rússia que está escalando as tensões na Europa.