Novas fotos mostram uma base secreta de desenvolvimento de armas nucleares na Coreia do Norte, dias depois que a ONU revelou que Pyongyang possui dispositivos nucleares.
Imagens de satélite, fornecidas pelo Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), mostram uma escalada na atividade na planta de concentrado de urânio de Pyongsan, na Coreia do Norte, informou o tablóide britânico The Sun na sexta-feira.
Analistas e especialistas apontam que as imagens expõem “a capacidade da Coréia do Norte de avançar seu programa de armas nucleares“.
O centro “produz concentrado de urânio, a matéria-prima para alimentar os reatores nucleares norte-coreanos a partir dos quais eles reprocessam material físsil, tanto plutônio quanto urânio para suas armas nucleares”, disse Victor Cha, consultor sênior e presidente do CSIS.
O especialista lembrou que a usina está localizada a cerca de 45 quilômetros da Zona Desmilitarizada Coreana (ZDC), fronteira de fato entre os dois países.
“É difícil determinar, com base na atividade nesta instalação, quantas armas nucleares a Coréia do Norte possui (…) o que sabemos, olhando para esta instalação, é que sua atividade nos diz que combustível nuclear ainda está sendo produzido para esses reatores, que Significa apenas que eles têm a capacidade de expandir suas bombas nucleares em vez de abandoná-las”, acrescentou.
As fotos vieram à tona poucos dias depois de a Organização das Nações Unidas (ONU) indicar em relatório que o país asiático havia avançado seu programa de armas nucleares e que “provavelmente desenvolveu dispositivos nucleares miniaturizados para caber nas ogivas de seus mísseis balísticos”.
O relatório de um painel independente de especialistas, que monitora as sanções da ONU, ao qual a agência britânica Reuters teve acesso, observa que os últimos seis testes nucleares da Coreia do Norte (o último em 2017) provavelmente a ajudaram a desenvolver dispositivos usinas nucleares miniaturizadas.
O avanço norte-coreano continua, apesar de três reuniões entre o presidente norte-americano Donald Trump e o líder norte-coreano Kim Jong-un para negociar a desnuclearização da península coreana. Essas negociações não deram frutos devido à recusa de Washington em suspender as sanções contra Pyongyang.