Várias fotos de um bebê recém-nascido, tiradas em 23 de novembro no hospital Al-Sabeen em Sanaa, capital do Iêmen, nos lembraram o alto custo da guerra civil, que devastou este país árabe por quase cinco anos.
Nas imagens, você pode ver o grave estado de desnutrição do bebê, que é intubado em uma incubadora.
Em outubro de 2018, em pleno conflito, as Nações Unidas estimaram que 14 milhões de pessoas (mais da metade da população do Iêmen) estavam em “condições pré-fome” e dependem da ajuda alimentar para sobreviver. Além disso, a situação neste país, à beira da “pior fome em 100 anos”, foi descrita como a pior crise humanitária do mundo.
Além disso, da ONU, eles disseram que no Iêmen mais de cem crianças morrem por dia devido à desnutrição.
O conflito no Iêmen eclodiu em 2014 e confronta os rebeldes armados houthis com o governo do presidente Abdo Rabu Mansur Hadi, apoiado pela Arábia Saudita. Desde 2015, a população iemenita vive sob incessantes bombardeios da coalizão internacional liderada pela Arábia Saudita contra os rebeldes houthis. A participação dessa coalizão no conflito iemenita provocou duras críticas da comunidade internacional.
Em 5 de novembro, o governo reconhecido pela comunidade internacional e os separatistas do sul assinaram um acordo de paz endossado pela coalizão formada pelos Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. Este acordo exige a criação de um novo gabinete com no máximo 24 ministros em 30 dias, nos quais os nortistas e os sulistas têm a mesma representação.
O enviado especial da ONU para o Iêmen, Martin Griffiths, declarou em 22 de novembro que nas últimas duas semanas houve uma queda de quase 80% nos ataques aéreos em todo o país. No entanto, a situação humanitária no Iêmen continua muito séria.