A França condenou na sexta-feira (31) o lançamento de um foguete transportador de satélite pelo Irã, chamando-o de “lamentável”, em meio às negociações para reativar o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA na sigla em inglês), assinado em 2015.
“Essas atividades são ainda mais lamentáveis porque ocorrem em um momento em que estamos progredindo nas negociações nucleares em Viena. […] Pedimos ao Irã que não lance mais mísseis balísticos projetados para transportar armas nucleares, incluindo lançadores espaciais”, declarou o Ministério das Relações Exteriores da França, citado pela Reuters.
O ministério francês afirmou ainda que as ações iranianas violam as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
Teerã nega que suas atividades espaciais sejam um pretexto para o desenvolvimento de mísseis balísticos.
Acordo nuclear
As negociações sobre a reativação do acordo nuclear do Irã foram retomadas depois de um bloqueio de cinco meses, com negociadores da Rússia, China, França, Alemanha e Reino Unido debatendo o tema com os líderes iranianos em Viena, Áustria.
O acordo nuclear iraniano tem por objetivo a limitação do desenvolvimento da energia nuclear pelo país, apenas para a produção de energia elétrica. Signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), o país argumenta que o desenvolvimento da tecnologia se destina somente a fins pacíficos, postura criticada especialmente por Israel.
O Irã é visto como a maior ameaça à existência de Israel e, como já foi dito por várias autoridades israelenses, o Tel Aviv não admitirá que o Irã tenha uma bomba atômica, pois o governo iraniano definiu por diversas vezes Israel como seu inimigo número um, com retóricas muito contundentes contra Israel.