O secretário nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, declarou no mês passado que o Brasil enfrenta outras duas epidemias, além da pandemia da COVID-19.
Oliveira lembrou que pela sazonalidade o Brasil também enfrenta no momento a Dengue e a influenza, nome científico dado para a gripe.
Para o médico sanitarista, Alexandre Chieppe, da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, enfrentar essas três doenças ao mesmo tempo é o grande desafio que o país vive atualmente.
“Para os próximos meses, o grande desafio para os sistemas de saúde é dar conta da sobrecarga eventualmente de doentes por COVID-19 e ao mesmo tempo conseguir fazer o tratamento adequado das pessoas que foram eventualmente afetadas pela influenza”, disse à Sputnik Brasil
Para conter o novo coronavírus e até a influenza, Alexandre Chieppe destaca a importância de se fazer o isolamento social.
“A quarentena vai ajudar na prevenção das doenças de transmissão respiratória, principalmente, quando você diminui o contato entre as pessoas, você diminui o risco das doenças transmitidas de pessoa a pessoa, entre elas, a COVID-19 e a gripe que são doenças de transmissão respiratória”, disse.
Como a Dengue é transmitida através do mosquito Aedes aegypti o isolamento social não teria um efeito contra a doença, mas Alexandre Chieppe explicou que o Brasil está registrando casos abaixo do esperado da doença para esta época do ano.
“A dengue, assim como a Chikungunya e a Zika, ela depende de um vetor de transmissão. Então não necessariamente o isolamento social diminui a incidência da dengue, mas a gente não está vendo em grande parte dos estados do país uma incidência muito elevada de dengue como a gente estava imaginando”, disse.
O balanço sobre a COVID-19 no Brasil divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (8) mostrou que o país chegou a 800 mortes causadas pela doença e contabiliza no momento 15.927 casos confirmados de pessoas infectadas pelo novo coronavírus.