A Polícia de Moçambique informou que mais de 50 civis foram decapitados em Cabo Delgado (norte) em vários ataques por um grupo terrorista ligado ao Estado Islâmico.
O comandante geral da Polícia de Moçambique, Bernardino Rafael, anunciou esta segunda-feira, em conferência de imprensa, que homens armados ligados ao Estado Islâmico invadiram várias aldeias nos últimos três dias, incluindo Mualtide e Nanjaba, e mataram civis, sequestrou mulheres e crianças e incendiou várias casas.
“Eles queimaram casas e perseguiram a população, que fugiu para a mata, a partir do qual iniciaram ações macabras”, disse o delegado, que acrescentou que ainda há atos violentos na área.
Segundo alguns meios de comunicação, citando várias testemunhas, os terroristas levaram os residentes a um campo de futebol na cidade de Mualtide e os executaram.
O grupo de ataque é conhecido localmente como Al-Shabab, mas não tem laços estabelecidos com a gangue que opera com o mesmo nome na Somália e acredita-se que seja afiliado à organização terrorista Takfiri Daesh desde 2017.
Em abril, vários agressores mataram a tiros e decapitaram mais de 50 jovens por supostamente se recusarem a se juntar às suas fileiras.
Deve-se notar que Cabo Delgado é o lar de um projeto multimilionário de gás natural liquefeito da multinacional francesa Total.