A luta pela supremacia no espaço poderia fazer com que grandes potências mundiais destruam satélites umas das outras usando armas capazes de atingir alvos em segundos.
Professor dos EUA, entrevistado pelo portal Space, se mostrou preocupado com a contínua militarização do espaço, vindo a dar a possibilidade de transformação desta militarização em um conflito de grande escala entre Rússia, China e EUA.
“Avanços tecnológicos” e a “ausência” de controle de armas espaciais poderiam significar que uma guerra entre superpotências no espaço que circunda a Terra seja mais “iminente”, opina o físico Mark Gubrud, que é professor assistente da Universidade da Carolina do Norte (EUA).
China, Rússia e EUA são apontados como as “principais potências confrontantes”, tendo algumas destas nações já começado a atacar através do bloqueio de transmissões de satélites e sinais de interferência, segundo o professor.
“O potencial para uma rápida escalada torna-se uma grave ameaça à estabilidade nuclear, uma vez que as principais potências confrontantes seriam, quase certamente, EUA, Rússia e China”, afirmou Gubrud, acrescentando que a única boa notícia é que isso ainda não aconteceu provavelmente porque há consciência suficiente do quão perigoso seria.
“O caminho para a guerra no espaço é uma corrida armamentista espacial que há muito tem sido adiada, mas isso só se torna mais iminente e potencialmente explosivo à medida que a tecnologia avança na ausência de compromissos vinculativos para o controle de armas espaciais”, ressalta o professor.
Apesar do Tratado do Espaço Sideral, aprovado pelas nações Unidas em 1967, o território inexplorado torna-se cada vez mais provável que seja um campo de batalha de escolha para futuros conflitos, representando, assim, uma enorme ameaça à paz.
“Devemos nos basear no Tratado do Espaço Sideral das Nações Unidas para elaborar outro tratado que proíba todas as formas de interferência nociva e armas que causam esta interferência”, conclui.
Anteriormente, o chefe do Instituto de Política Espacial russo, Ivan Moiseev, afirmou que o míssil norte-americano Standard Missile 3, após modernização, poderia ser capaz de derrubar satélites de navegação.