O Hezbollah, a organização militante xiita libanesa que travou uma guerra com Israel em 2006, disse no sábado que estava em contato com o Hamas, mas não chegou a prometer se juntar ao ataque do grupo de Gaza contra Israel.
Respondendo a um apelo do Hamas, o grupo armado islâmico que controla Gaza, para que grupos armados no Líbano se juntassem aos seus ataques a Israel, o Hezbollah disse estar “acompanhando de perto os desenvolvimentos importantes na situação palestiniana com grande interesse”.
Acrescentou que “estava em contato direto com a liderança da resistência palestiniana no país e no estrangeiro e está a realizar uma avaliação contínua dos acontecimentos e da condução das operações”.
Desde que travaram uma guerra em grande escala em 2006, tanto Israel como o Hezbollah evitaram outro grande confronto ao longo da fronteira entre Israel e o Líbano, mantendo ao mínimo o fogo e a infiltração transfronteiriços.
Muhammad Deif, o líder da ala militar do Hamas, disse numa mensagem gravada que o grupo decidiu lançar uma “operação” contra Israel para que “o inimigo compreenda que o tempo da sua violência sem responsabilização terminou”.
Os ataques a Israel foram celebrados em partes da capital do Líbano, Beirute, com crianças distribuindo doces aos motoristas que passavam, fogos de artifício disparados por residentes que agitavam bandeiras palestinianas.
Fonte: O Globo.