Enquanto Hamas vê exigências israelenses para reconstrução da Faixa de Gaza como “chantagem”, Tel Aviv pede à comunidade internacional que ajude a enfraquecer o movimento.
Após 11 dias de conflito, Israel e Hamas decidiram cessar-fogo, mas as problemáticas referentes ao confronto continuam a todo vapor. Segundo relata o The Times of Israel, nessa segunda-feira (24), o Hamas ameaçou lançar foguetes se Tel Aviv impor condições para ajudar na reconstrução dos locais bombardeados na Faixa de Gaza.
Os líderes do Hamas dizem que rejeitam as condições que o Estado judeu está tentando impor à reconstrução de Gaza, incluindo a proposta feita ontem (23) pelo ministro da Defesa, Benny Gantz, de que qualquer ajuda que não seja humanitária seja condicionada à libertação de dois civis israelenses e dos corpos de dois soldados capturados pelo grupo em 2014.
Segundo a mídia, autoridades do grupo teriam dito que “não seriam chantageados” por Israel.
Ao mesmo tempo, Israel busca garantias de que ajuda externa não chegue ao Hamas, conforme relata o The Jerusalem Post. De acordo com a mídia, o ministro das Relações Exteriores, Gabi Ashkenazi, pediu à comunidade internacional para que trabalhe ativamente afim de enfraquecer o grupo durante a reconstrução de Gaza.
O ministro também enfatizou que a reabilitação da região deve ser monitorada de perto por supervisores internacionais, com a ajuda indo diretamente para projetos específicos e mantida longe do Hamas. E, assim como o ministro da defesa, disse que só ajudaria na reconstrução se civis israelenses capturados forem libertados e corpos de soldados forem devolvidos a Israel, medida que o grupo palestino interpreta como chantagem.
De acordo com o The Jerusalem Post, Gantz deve se encontrar com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nesta segunda-feira (24) para discutir os problemas associados à transferência de fundos para Faixa de Gaza e itens de dupla utilização, que podem ter um propósito civil e militar, de acordo com a mídia.