O Hamas assumiu a autoria dos ataques em Israel que já deixam dezenas de mortos e centenas de feridos. O grupo é a maior organização islâmica nos territórios palestinos e é considerado terrorista.
Veja abaixo o que é o Hamas e seu envolvimento no histórico de conflitos em Israel.
Antes: o conflito entre Israel e Palestina se estende há décadas. Em sua forma moderna remonta a 1947, quando as Nações Unidas propuseram a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina sob mandato britânico. Israel foi proclamado no ano seguinte. Desde então, há uma disputa por território e o Hamas faz frente nessa disputa.
O que é o Hamas
O Hamas é a maior organização islâmica nos territórios palestinos. Ele faz parte de uma aliança regional que inclui o Irã, a Síria e o grupo islâmico xiita Hezbollah no Líbano, que se opõem amplamente à política dos EUA no Médio Oriente e em Israel.
O nome em árabe é um acrônimo para Movimento de Resistência Islâmica, que teve origem em 1987 após o início da primeira intifada palestina contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.
Boletim: Ataques do Hamas deixam ao menos 40 mortos e 700 feridos
Ele é considerado terrorista por Israel e por várias outras nações, como Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido.
O grupo não aceita as condições propostas pela comunidade internacional: reconhecer Israel, aceitar os acordos anteriores e renunciar à violência.
O estatuto e a acusação de antissemitismo
Em sua fundação, o Estatuto do Hamas definiu a Palestina histórica, incluindo a atual Israel, como terra islâmica e exclui qualquer paz permanente com o Estado judeu. Com a afirmação, a posição passou a ser considerada como antissemita.
Em 2017, o grupo atualizou o documento, suavizando algumas posições. Nele, o Hamas diz que a luta não seria contra os judeus, mas contra “os agressores sionistas de ocupação”. Em resposta, Israel disse que o grupo estava “tentando enganar o mundo”.
Naquele ano, o Hamas aceitou formalmente a criação de um Estado palestino provisório em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, algo que é conhecido como linhas pré-1967. Apesar de não reconhecer Israel.
Envolvimento político
Além dos dois objetivos principais do estatuto, a organização também se envolveu no processo político. Em 2006, venceu as eleições legislativas e passou a controlar a Faixa de Gaza.
Em fevereiro e março de 1996, realizou vários atentados suicidas em ônibus, matando quase 60 israelenses, em retaliação pelo assassinato, em dezembro de 1995, do fabricante de bombas do Hamas, Yahya Ayyash.
Para muitos, esses atentados foram responsáveis por afastar israelenses do processo de paz e levar Benjamin Netanyahu, um ferrenho oponente dos chamados Acordos de Oslo, ao poder naquele ano.
Fonte: G1.