O Hezbollah confirmou nesta segunda-feira (24) a morte de seu comandante militar Haytham Tabatabai, conhecido como Abu Ali, em um ataque aéreo israelense ocorrido ontem nos subúrbios do sul de Beirute.
Em comunicado, o grupo xiita classificou a ação como “um ataque covarde de Israel” contra a área de Haret Hreik. De acordo com fontes de saúde locais, a ofensiva deixou pelo menos cinco mortos e 28 feridos.
Tabatabai era considerado um dos membros de mais alto escalão do aparato militar do Hezbollah e, segundo analistas israelenses, uma figura central na ala mais radical do grupo.
Após a ofensiva, o chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (IDF), Eyal Zamir, visitou a fronteira norte do país com o Líbano, durante um exercício surpresa para testar a prontidão das tropas.
Zamir foi atualizado sobre os preparativos do Exército na fronteira e ordenou a elevação do nível de alerta após a operação que matou Tabatabai.
O Irã, aliado do Hezbollah, condenou veementemente o “covarde assassinato”, chamando o ataque de “brutal” e uma “clara violação” do cessar-fogo alcançado em novembro de 2024.
O Ministério das Relações Exteriores de Teerã criticou a “injustificável inação e silêncio das Nações Unidas” e pediu que os responsáveis por Israel fossem responsabilizados por “atos terroristas” e crimes de guerra.
Por outro lado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Tabatabai era “um assassino sanguinário” e reforçou que Israel não permitirá que o Hezbollah se reestruture e ameace o país.
O exército israelense confirmou ter “atacado e eliminado o terrorista” Tabatabai, destacando seu papel histórico dentro do grupo, incluindo liderança da unidade ‘Força Radwan’ e das operações na Síria, além de ter sido responsável por coordenar os esforços de reconstrução do Hezbollah após operações militares recentes.
“As Forças de Defesa de Israel agirão contra as tentativas de reconstruir e rearmar a organização terrorista Hezbollah e trabalharão para eliminar qualquer membro que tente reerguer o grupo”, concluíram as IDF.
Fonte: ANSA.
