O grupo extremista libanês Hezbollah, por meio de um funcionário do alto-escalão, afirmou neste domingo (8) que suas armas e foguetes estavam à disposição do Hammas no sábado (7), quando houve o ataque-surpresa a Israel.
O Hezbollah já havia “parabenizado” o Hamas pelo que chamaram de “operação heroica em grande escala”.
“O Hezbollah felicita o povo palestino e os seus aliados nas Brigadas al-Qasam e no Hamas por esta operação heroica em grande escala e vitoriosa”, afirmou o partido xiita libanês em um comunicado.
O movimento sustentou ainda que o ataque do Hamas é “uma mensagem ao mundo árabe e muçulmano (…), em particular àqueles que tentam normalizar as suas relações” com Israel.
➡️ATAQUES NA MADRUGADA: De acordo com a agência Reuters, na madrugada deste domingo (8), militares israelenses afirmaram que houve ataques no norte de Israel a partir do Líbano.
Esses novos bombardeios foram reivindicados pelo Hezbollah, que afirmou ter disparado foguetes em “solidariedade” ao povo palestino.
Os alvos, segundo o próprio Hezbollah, seriam três posições militares israelenses em uma região conhecida como Fazendas de Shebaa, que está em um território ocupado por Israel desde 1967. Essa área é reivindicada pelo Líbano.
➡️CONTEXTO: O Hezbollah é um inimigo jurado de Israel e um ator importante na vida política libanesa. Ele costuma manter boas relações com o Hamas e agora dá sinais de ter se aliado ao grupo islâmico.
“O comando da resistência islâmica no Líbano (…) está em contato direto com o comando da resistência palestina no país e no exterior, e avalia continuamente os desenvolvimentos e a condução das operações”, disse.
Entenda o conflito
- O conflito entre Israel e Hamas começou após o grupo radical islâmico lançar um ataque-surpresa contra o território israelita no sábado, a partir da Faixa de Gaza.
- Diante da ofensiva, os israelenses declararam estado de guerra.
“Estamos em guerra e vamos ganhar”, disse o primeiro-ministro do Israel, Benjamin Netanyahu. “O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu.”
- Ainda durante o sábado, Israel fez bombardeios contra a Faixa de Gaza como resposta. Segundo as forças israelenses, os alvos são lugares ligados ao Hamas.
- Até a última atualização desta reportagem, ao menos 920 pessoas morreram, sendo 600 em Israel, 313 na Faixa de Gaza e 7 na Cisjordânia. Há milhares de feridos.
Fonte: AFP.