O presidente hondurenho, Juan Hernandez, disse em uma conversa telefônica com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que Honduras mudará sua embaixada para Jerusalém.
Em um comunicado no Twitter, Hernandez disse que falou com o primeiro-ministro Netanyahu “para fortalecer nossa aliança estratégica e concordar em abrir as embaixadas em Tegucigalpa e Jerusalém, respectivamente”.
Ele acrescentou que “Esperamos dar este passo histórico antes do final do ano, enquanto a pandemia o permitir.”
Hernandez também parabenizou Netanyahu pelos acordos de normalização históricos com os Emirados Árabes Unidos e Bahrein no início deste mês, além de enviar calorosas saudações pelo feriado judaico de Rosh Hashanah.
Em resposta, Netanyahu expressou seu apreço pelo sólido apoio de Honduras a Israel, ao mesmo tempo em que reiterou o compromisso deste último em fortalecer a parceria Israel-Honduras por meio de projetos de desenvolvimento, cooperação, turismo, investimento, tecnologia, agricultura, educação e comércio.
O presidente hondurenho tem sido um forte aliado de Israel por muitos anos, tendo se formado no Mashav, programa de liderança da Agência Israelense de Cooperação para o Desenvolvimento Internacional. Sob a liderança de Hernandez, Honduras também votou em dezembro de 2017 contra a decisão da ONU de condenar o plano dos EUA de transferir sua embaixada para Jerusalém.
De acordo com a publicação irmã do The Jerusalem Post, Maariv, os dois países planejam realizar cerimônias de inauguração de suas embaixadas nas capitais nacionais, Tegucigalpa e Jerusalém.
Atualmente, há duas embaixadas estrangeiras estacionadas em Jerusalém, com os Estados Unidos mudando sua embaixada de Tel Aviv em maio de 2018, seguidos pela Guatemala alguns dias depois. Outros países também se comprometeram a transferir suas embaixadas para Jerusalém, incluindo Brasil, Hungria, Moldávia, Romênia e, mais recentemente, Sérvia e Kosovo.
A mudança de embaixadas estrangeiras para a capital de Israel é considerada controversa devido ao status político incerto de Jerusalém, que é amplamente visto como contestado pela comunidade internacional após a reunificação da cidade pelo estado judeu durante a Guerra dos Seis Dias de 1967.
O status de Jerusalém continua sendo uma das questões centrais no conflito israelense-palestino, com a maioria da comunidade internacional tendo visto a reunificação da cidade por Israel, particularmente Jerusalém Oriental, como uma anexação ilegal. Israel considera a cidade como sua capital eterna unificada.