Em julho de 2022, o Comitê de Assuntos Religiosos do Tajiquistão anunciou, sem dar nenhum motivo, que não realizaria mais o registro de igrejas. Na mesma ocasião, também foi alertado que crianças não deveriam participar de atividades da igreja e nenhum acampamento era permitido para elas. A Lei de Responsabilidade Parental de 2011 já proibia a participação de qualquer um com menos de 18 anos de participar de eventos religiosos, exceto funerais. As comunidades religiosas seriam multadas por violar essa exigência.
Porém, mesmo antes do governo anunciar o banimento oficialmente, o registro de igrejas era negado sem critério. Uma das igrejas domésticas no Tajiquistão teve não apenas a liberdade religiosa negada, mas os cristãos também foram intimidados e penalizados pelo pedido de registro.
No ano passado, o pastor dessa igreja doméstica tentou registrar a igreja por meios oficiais. Mesmo quando os protocolos corretos foram seguidos e documentos relevantes apresentados, o Comitê de Assuntos Religiosos negou de imediato, sem qualquer fundamento para isso. O pastor então contratou um advogado e tentou apelar da decisão.
Por serem persistentes, a polícia secreta convocou o pastor e o advogado para desencorajá-los a dar continuidade ao assunto. Todos os membros da igreja já tinham sido convocados e interrogados na tentativa de intimidá-los. Eles foram alertados que isso não acabaria bem se decidissem não cooperar. Apesar das ameaças da polícia secreta, a igreja continuou a se reunir para os cultos sem medo.
Como não tiveram sucesso em impedir a motivação do pastor, os membros da igreja foram presos pela KGB (polícia secreta) enquanto se reuniam para o culto de domingo. Apesar de serem interrogados e soltos em seguida, um caso criminal foi aberto contra a igreja. O tribunal penalizou a igreja com uma multa de mil dólares por encontros ilegais. Também ordenou que a igreja suspendesse todos os encontros e atividades religiosas.