A mídia israelense alegou que o incidente não foi um acidente, mas o resultado de um ataque cibernético, possivelmente realizado por Tel Aviv. Irã afirmou que se reserva o direito de agir contra os perpetradores.
Um incidente na instalação de enriquecimento de urânio de Natanz neste domingo (11) foi resultado de um ato “terrorista nuclear”, disse diretor da Organização de Energia Atômica do Irã, Ali-Akbar Salehi, citado pela agência Reuters.
“Irã condena esse ataque hediondo e lembra a comunidade internacional e a AIEA [Agência Internacional de Energia Atômica] da necessidade de combater tais atos de terrorismo nuclear”, afirmou Salehi.
O diretor da Organização de Energia Atômica do Irã acrescentou que a República Islâmica se reserva o direito de responder apropriadamente contra os perpetradores do ataque.
Muitos meios de comunicação israelenses ofereceram a mesma avaliação de que um ataque cibernético ocasionou a pane em Natanz e danificou uma instalação que abriga centrífugas sensíveis. Embora os relatos não tenham oferecido fontes para a informação, a mídia israelense mantém um relacionamento próximo com as agências militares e de inteligência do país, ressalta a agência Associated Press.
No sábado (10), a televisão estatal iraniana reportou que Teerã pôs em funcionamento as novas centrífugas de enriquecimento de urânio. Tal acontecimento se segue à reunião dos membros do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) em Viena, Áustria, na qual foi discutida a possibilidade de o Irã e os EUA retornarem ao acordo nuclear assinado em 2015.