O Ministério da Defesa da Índia afirmou que as tropas indianas enfrentaram “armas pouco ortodoxas” durante conflitos com o Exército de Libertação Popular da China (ELP) no leste de Ladakh.
“O Exército indiano manteve todos os protocolos e acordos entre os dois países, enquanto o ELP agravou a situação usando armas pouco ortodoxas e reunindo um grande número de tropas”, cita documento do Ministério da Defesa da Índia.
Em novembro de 2020, Jin Canrong, vice-reitor da Escola de Relações Internacionais da Universidade Renmin da China afirmou que os militares chineses “usaram armas inovadoras de micro-ondas de alta potência” para atacar os soldados indianos em Ladakh.
Jin afirmou que a China usou as armas em agosto para retomar pontos estrategicamente importantes no setor de Chushul, após transformar o topo das colinas em um “forno de micro-ondas”.
O ministério indiano mencionou ações unilaterais e provocativas dos chineses, ressaltando que suas tropas estão preparadas para responder com firmeza ao ELP para “garantir o caráter de nossas reivindicações no leste de Ladakh”.
“Nossas tropas continuam a ser implantadas nestas alturas […] As tropas estão bem entrincheiradas e reforçadas para conter qualquer desventura por parte das forças chinesas”, afirmou.
Vale ressaltar que o ELP usou paus com pregos cravados e varas de ferro durante as lutas no vale Galwan, de 15 a 16 de junho.
As armas de micro-ondas usam feixe de radiação eletromagnética de alta frequência para aquecer a água na pele de uma pessoa. A China tornou pública sua arma de micro-ondas Poly WB-1 em 2014 durante um show aéreo.
Sendo vizinhos, China e Índia não têm uma fronteira demarcada na região de Ladakh, sendo a separação de territórios estabelecida pela Linha de Controle Real, criada após a guerra de 1962 entre as duas nações. Desde então, vários conflitos fronteiriços ocorreram ao longo das décadas seguintes. Em 1993 e 1996, os países firmaram acordos sobre a manutenção da paz nas regiões disputadas.