A Força Aérea indiana completou a construção de hangares de próxima geração na Base da Força Aérea de Chabua, em Assam, próximo da fronteira com a China.
Os hangares receberam camadas de concreto reforçado, areia e aço. Com isso, eles podem proteger as aeronaves do impacto direto de bombas de mais de 900 quilos.
Imagens de satélite compartilhadas nas redes sociais mostram as novas estruturas desenvolvidas pela Índia.
Depois de ter apoiado operações durante a Segunda Guerra Mundial e as tensões entre Índia e China de 1962, a Base da Força Aérea de Chabua em Assam parece ter concluído suas novas estruturas especializadas NGHAS, capazes de abrigar e proteger os caças de fogo direto do inimigo – o projeto foi iniciado em 2017.
Além das estruturas, a Índia também possui outra tecnologia, que permite reparar rapidamente os danos nas pistas da base aérea, com isso o país eleva suas capacidades de combate na fronteira com a China.
De acordo com especialistas indianos citados pelo portal Eurasian Times, os hangares possuem alta qualidade, além de melhor proteção das aeronaves estacionadas, que podem manter sua capacidade operacional mesmo após um ataque nuclear.
A Índia também está construindo 73 rodovias estratégicas e 125 pontes no lado indiano da Linha de Controle Real (LAC, na sigla em inglês).
Conflitos fronteiriços
Vizinhos, China e Índia não têm uma fronteira marcada na região de Ladakh, sendo a separação de territórios estabelecida pela Linha de Controle Real, criada após a guerra de 1962 entre as nações. Desde então, vários conflitos fronteiriços ocorreram ao longo das décadas. Em 1993 e 1996, os dois países firmaram acordos sobre a manutenção da paz nas regiões disputadas.
Em 2020, a situação no leste de Ladakh se agravou depois que aproximadamente 250 soldados chineses e indianos se enfrentaram na noite de 5 de maio na zona de Pangong Tso, deixando mais de 100 feridos em ambos os lados, confronto que só cessou após uma reunião entre os líderes locais.