Tensa já há alguns anos, a relação entre Índia e Paquistão piorou depois que Nova Deli revogou o status especial de Jammu e Caxemira em agosto de 2019, levando o Paquistão a proibir o comércio bilateral com seu vizinho. No entanto, houve um desejo de ambos os lados de quebrar o impasse.
As negociações de backchannel (conversas em tempo real utilizando computadores especiais) para melhorar o relacionamento bilateral entre a Índia e o Paquistão encontraram um beco sem saída, já que ambos os lados lutaram para estar na mesma página.
Uma fonte familiarizada com o assunto disse ao jornal paquistanês The Express Tribune que as “conversas [continuam], mas chegaram a um ponto em que as coisas não estão indo a lugar nenhum”.
A fonte sugeriu que em abril deste ano houve um possível degelo na relação entre os países após a mudança de governo no Paquistão e a eleição de um novo primeiro-ministro, Shehbaz Sharif. O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, parabenizou Sharif quando este assumiu o cargo em abril, citando um sinal positivo para a reconstrução das relações entre os dois países.
O atrito na relação impediu que os chanceleres paquistanês e indiano interagissem na recente reunião da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês) em Tashkent, capital do Uzbequistão.
Jammu e Caxemira receberam temporariamente um status especial de acordo com o artigo 370 da Constituição indiana e gozava de quase total autonomia que permitia ao legislativo local fazer suas próprias leis. Também impediu que pessoas de fora do estado conseguissem empregos no governo estadual.
No entanto, em 2019, o governo liderado por Narendra Modi revogou o status especial e transformou o estado no território da união federal de Jammu e Caxemira. O governo também separou a região de Ladakh e a declarou um território separado da união.