Após uma recente visita ao Himalaia por Xi Jinping, presidente da China, a Índia enviou jatos Rafale produzidos pela França ao Comando Aéreo Oriental do país, perto do Tibete.
A Força Aérea da Índia (IAF, na sigla em inglês) enviou um lote de jatos Rafale ao Esquadrão Nº 101, na base aérea Hasimara, no Comando Aéreo Oriental, que fica a cerca de 300 km do Tibete, relata na quarta-feira (28) no Twitter uma conta oficial militar índia.
“A introdução de Rafale foi cuidadosamente planejada em Hasimara, tendo em mente a importância de reforçar a capacidade da IAF no setor oriental”, disse Bhadauria.
Bhadauria disse não ter dúvidas de que o esquadrão dominará quando e onde for necessário, e “assegurará que o adversário será sempre intimidado simplesmente por sua presença”.
Segundo uma declaração na quarta-feira (28) de Ajay Bhatt, ministro de Estado da Defesa da Índia, o país recebeu até agora 26 dos 36 aviões Rafale que encomendou à empresa francesa Dassault Aviation.
“A entrega dos 36 aviões Rafale está prosseguindo conforme o cronograma”, acrescentou Bhatt, citado pelo jornal The Economic Times. Os jatos Rafale multiuso são conhecidos pela superioridade aérea e pelos ataques de precisão.
Dias antes, Xi Jinping, presidente da China, visitou o Tibete, sua primeira viagem à região desde que assumiu o poder em 2012, e a primeira visita de um líder chinês em 31 anos, sugerindo “implementar o pensamento do partido de fortalecer o Exército na nova era, implementar a estratégia militar da nova era”.
A inteligência da Índia sugere que a China tem aumentado suas instalações da Força Aérea perto da fronteira com a Índia, construindo ou expandindo pelo menos 16 bases aéreas pela Região Autônoma Tibetana.
Os dois países asiáticos têm contestado as áreas fronteiriças no Himalaia desde que a República da Índia e a República Popular da China se formaram na década de 1940, com vários confrontos ocorrendo ao longo das décadas, incluindo uma guerra em 1961, apesar da criação da Linha de Controle Real após esse conflito.
O mais recente conflito ocorreu em junho de 2020, com mortes dos dois lados. Apesar dos armistícios negociados desde então, tanto Nova Deli como Pequim têm continuado o destacamento de forças militares à região.