O Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã ameaçou atacar as instalações nucleares “ocultas” de Israel em caso de ser atacado, após a recente aquisição de documentos de inteligência do Estado judeu.
Em um comunicado, o principal órgão de segurança iraniano garantiu que as forças do país estão prontas para “responder imediatamente a qualquer possível agressão do regime sionista contra as instalações nucleares do país, atacando suas instalações nucleares ocultas”.
Também garantiu que Teerã responderá “proporcionalmente” a qualquer ato contra a infraestrutura militar ou econômica do país, de acordo com o comunicado divulgado pela imprensa iraniana.
O Irã anunciou no último domingo que obteve “um tesouro de informações de inteligência, operacionais, científicas e estratégicas” de Israel, incluindo seu “arquivo nuclear completo” e documentos sobre suas relações com Estados Unidos, Europa e outros países.
“Nosso serviço de inteligência obteve um tesouro de informações operacionais, científicas e estratégicas israelenses”, disse o ministro da Inteligência iraniano, Ismail Khatib, em declarações à televisão estatal.
Conflito crescente entre Irã e Israel
A República Islâmica do Irã e Israel são inimigos ferrenhos, considerados uma ameaça existencial, e estão envolvidos em uma guerra secreta que inclui ataques cibernéticos, assassinatos e sabotagem.
No ano passado, trocaram ataques diretos com mísseis pela primeira vez.
Nos últimos meses, Israel tem repetidamente emitido ameaças militares contra instalações nucleares iranianas para impedir que o Irã obtenha armas atômicas.
Irã e EUA estão em negociações para chegar a um acordo sobre o programa nuclear iraniano, que começaram em 12 de abril, com a sexta rodada agendada para esta semana, em meio a divergências significativas sobre o enriquecimento de urânio do Irã, que Washington quer interromper.
No final de maio, representantes de EUA e Irã realizaram a quinta rodada de negociações nucleares em Roma, um encontro em que as duas partes afirmaram progresso, mas também enfatizaram que “ainda há trabalho por fazer”.
Fonte: EFE.