Teerã condenou ataque paquistanês no território iraniano e pediu que Islamabad “cumpra com suas obrigações”, disse o Ministério das Relações Exteriores nesta quinta-feira (18).
Na terça-feira (16), o Irã atacou duas bases no Paquistão do grupo militante Jaish al-Adl, em retaliação a um ataque mortal realizado em dezembro pela organização a um posto policial iraniano. Na manhã de hoje (18), o Paquistão confirmou ter lançado uma série de ataques transfronteiriços contra “alvos terroristas” na província iraniana de Sistão-Baluchistão.
“O Ministério das Relações Exteriores do Irã condena as ações desproporcionais e inaceitáveis do Paquistão em relação aos ataques de drones contra aldeões que não são cidadãos iranianos na fronteira dos dois países”, disse a pasta em um comunicado, acrescentando que Teerã permanece fiel à política de boa vizinhança com Islamabad.
O Irã também espera que o Paquistão cumpra as suas “obrigações” relativas à presença de grupos armados no seu território, disse o ministério.
O ministério chamou de “preventivo” o recente ataque do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) em território paquistanês, dirigido contra o Jaish al-Adl.
Também nesta quinta-feira (18), o chanceler iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, disse ao secretário das Relações Exteriores britânico, David Cameron, que os Estados Unidos e o Reino Unido não têm o direito de comprometer a segurança da região por causa do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
“Em uma reunião com David Cameron em Davos, trocamos pontos de vista sobre diversas questões bilaterais e de desenvolvimentos na região. Afirmei que os EUA e o Reino Unido devem parar imediatamente de apoiar os crimes de guerra do regime sionista do apartheid contra os palestinos. Eles não têm o direito de manter a segurança da região como refém em benefício de Netanyahu!”, disse o chanceler em sua conta no X (antigo Twitter).