O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, afirmou que uma “ação preventiva” por meio do Eixo da Resistência contra Israel é “concebível”. A fala foi dita durante uma entrevista à televisão estatal iraniana.
“Nas próximas horas, podemos esperar uma ação preventiva por parte da frente de resistência“, disse o ministro.
Amir-Abdollahian também alertou os EUA a “parar com os crimes contra civis antes que seja tarde demais”. As falas foram confirmadas pelo jornalista da Al Jazeera, Ali Hashem, em sua conta no X, antigo Twitter.
Nos últimos dias Amir-Abdollahian tem alertado frequentemente que a invasão de Gaza pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) pode significar um novo capítulo no conflito com a abertura de novas frentes.
O termo “Eixo da Resistência” tem sido utilizado há anos para se referir a um grupo de movimentos e organizações políticas do Oriente Médio que são contrários aos Estados Unidos, a Israel e a seus aliados na região, como a Arábia Saudita.
A maior parte dos movimentos do grupo adere à corrente xiita do Islã e vê em seu líder, o aiatolá Ali Khamenei, um guia espiritual e político.
O mais famoso entre esses movimentos é o Hezbollah, ativo principalmente no Líbano e liderado por Hassan Nasrallah. O grupo militante por enquanto atuou no embate entre Israel e Hamas de maneira contida, declarando seu apoio e disparando mísseis em “solidariedade“.
O Hamas, principal grupo que lidera os embates que estão acontecendo em Gaza e em Israel, recebe apoio do Irã. Porém, é de ideologia sunita e possui relações amigáveis com o Qatar e a Turquia, o que lhe garante certa independência do Eixo.