O Irã está pronto para dar aos Estados Unidos uma chance de resolver as disputas entre os arquiinimigos, disse um alto funcionário iraniano à Reuters na quarta-feira, um dia depois que o presidente Donald Trump restaurou sua campanha de “pressão máxima” sobre o país.
Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, disse que as preocupações dos EUA sobre o desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã não eram uma questão complicada e poderiam ser resolvidas, dada a oposição de Teerã às armas de destruição em massa.
“A vontade do establishment clerical é dar outra chance à diplomacia com Trump, mas Teerã está profundamente preocupada com a sabotagem de Israel”, disse a autoridade graduada.
A autoridade disse que Teerã quer que os Estados Unidos “controlem Israel se Washington estiver buscando um acordo” com a República Islâmica.
Trump disse na quarta-feira que preferia um acordo de paz nuclear verificado com o Irã, de acordo com uma postagem em sua conta no Truth Social.
A campanha de “pressão máxima” de Trump sobre o Irã inclui esforços para reduzir suas exportações de petróleo a zero, a fim de impedir que Teerã obtenha uma arma nuclear.
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, no entanto, minimizou o impacto das sanções sobre o Irã.
“Os Estados Unidos ameaçam com novas sanções, mas o Irã é um país poderoso e rico em recursos que pode enfrentar os desafios administrando seus recursos”, disse Pezeshkian em uma cerimônia de posse televisionada.
Há muito tempo, Teerã afirma que seu programa nuclear é totalmente pacífico e que não tem intenção de construir armas nucleares.
Porém, com seus aliados regionais desmantelados ou gravemente enfraquecidos desde o início do conflito Hamas-Israel em Gaza, em outubro de 2023, e o crescente descontentamento entre muitos iranianos com a situação da economia, os analistas dizem que o establishment clerical tem poucas opções além de fechar um acordo com Trump.
Fonte: Reuters.