O Irã está enriquecendo urânio a uma “velocidade sem precedentes” e está “perigosamente perto” de obter uma arma nuclear, disse o primeiro-ministro israelense Naftali Bennett, neste domingo (12).
“O Irã está enriquecendo urânio a uma taxa sem precedentes, chegando perigosamente perto de obter uma arma nuclear. Se o Ocidente não pressionar o regime islâmico do Irã, receberá uma bomba nuclear muito em breve”, disse Bennett em entrevista ao jornal britânico The Daily Telegraph.
O primeiro-ministro também afirmou que o mundo deve tomar uma posição firme e dizer a Teerã que, “enquanto não tiver uma arma nuclear, não haverá sanções”.
“O programa nuclear iraniano não vai parar até que seja interrompido”, acrescentou autoridade israelense.
Segundo as acusações, o Irã teria acelerado a produção e instalação de centrífugas de nova geração para enriquecimento de urânio.
Além disso, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou sobre intenção do país de remover 27 câmeras de vigilância da AIEA em várias de suas instalações nucleares.
Em julho de 2015, o Irã e seis mediadores internacionais — Rússia, Estados Unidos, Reino Unido, China, França e Alemanha — assinaram o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), que impôs uma série de limitações ao programa nuclear iraniano com o objetivo de excluir sua possível dimensão militar, em troca do levantamento das sanções internacionais.
Em abril de 2021, as partes do acordo, juntamente com os EUA, iniciaram negociações em Viena para restabelecer o acordo nuclear.
No entanto, o alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, anunciou, em março, uma pausa nas negociações de Viena “devido a fatores externos”. O Irã atribui o impasse às autoridades americanas.