O embaixador do Irã no Brasil, Hossein Gharibi, disse em entrevista ao Poder360 na 3ª feira (31.out.2023) que o país “está pronto para se defender em caso de qualquer agressão”. Ele não especificou o que isso seria. “Há definições claras de atos de agressão no direito internacional. Eu me refiro a definições convencionais” , disse.
O conflito no Oriente Médio se agravou desde 7 de outubro, quando o grupo palestino Hamas atacou Israel. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou as ações do Hamas de “ataques terroristas”. Gharibi disse que “a luta de um povo sob ocupação não pode ser rotulada de terrorismo”. Mas evitou confrontar a declaração de Lula. “Eu só expliquei o que a lei internacional e a literatura relevante, incluindo a das Nações Unidas, dizem sobre situações de povos sob ocupação”, afirmou.
Na avaliação do diplomata, o que o Hamas fez foi um ato de defesa dos palestinos sob ocupação de Israel, a que se refere só como “regime sionista”.
Ele disse que a defesa dos direitos dos palestinos cresceu entre a população árabe e de outros países muçulmanos, como o Irã. “São pessoas prontas para entrar em qualquer tipo de campanha para ajudar os palestinos”. Não especificou o que seriam essas possíveis campanhas.
A entrada de outros países no conflito, segundo Gharibi, “depende das decisões do regime sionista”.
Não há hipótese de o Irã reconhecer Israel como Estado. A proposta dos iranianos é que judeus, muçulmanos e cristãos dividam espaço na Palestina.