Os Estados Unidos não acreditam que a liderança iraniana tenha decidido retomar o programa de armas nucleares, afirmou o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês), William Burns.
“Não acreditamos que o líder supremo iraniano tenha decidido renovar o programa de armas nucleares, que julgamos que eles suspenderam ou encerraram no final de 2003″, disse Burns, em entrevista à emissora americana CBS.
Em julho do ano passado, Burns disse que, desde a saída do Irã do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), Teerã teve a oportunidade de obter a posse dos componentes necessários para a criação de armas nucleares em “uma semana”.
O JCPOA foi firmado entre o Irã e seis potências mundiais (Rússia, Estados Unidos, China, França, Reino Unido e Alemanha) para garantir o caráter civil do programa nuclear iraniano.
Porém, com o rompimento unilateral do acordo pelos Estados Unidos em 2018, sob o governo de Donald Trump, e o restabelecimento das sanções americanas, Teerã também deixou o programa.
No domingo (19) passado, a Bloomberg, citando dois diplomatas, publicou material informando que os inspetores Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) detectaram, no Irã, a presença de urânio enriquecido em até 84%, quantidade suficiente para a produção de armas nucleares.
Oficialmente, o Irã afirma ter enriquecido urânio a 60% até agora para a produção de energia nuclear.