O Irã tem um dos maiores arsenais de mísseis e drones militares da região e do mundo, apesar de todos os anos de sanções, declarou o comandante da Força Aérea do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês).
“Somos um líder quando se trata de mísseis e veículos aéreos não tripulados [UAVs, na sigla em inglês] na região e no mundo […] Muitos países chamariam tais capacidades militares de significativas e impressionantes para um país alvo de múltiplas sanções”, disse Amir Ali Hajizadeh, citado pela agência de notícias Tasnim.
O Irã se prepara para regressar a Viena, na Áustria, para a sétima rodada de conversações com os EUA sobre o retorno ao acordo nuclear de 2015, que reduziu as sanções econômicas contra a República Islâmica. Por sua vez, Washington está se posicionando a favor de um acordo mais rigoroso.
Os EUA se retiraram unilateralmente do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) em 2018, durante a presidência de Donald Trump, afirmando que o Irã estava violando secretamente o acordo, restituindo fortes sanções contra a nação persa. Como resultando, também Teerã começou reduzindo seus próprios compromissos com o JCPOA, aumentando a produção de urânio refinado enriquecido a níveis muito superiores ao acordado em 2015.
As autoridades norte-americanas e de Israel afirmam que a República Islâmica busca construir uma arma nuclear, pelo que os dois aliados juraram impedir que tal aconteça. Contudo, Teerã afirmou por várias vezes ter renunciado a todas as armas de destruição em massa.
No início de novembro de 2021, o Irã e os EUA deverão iniciar uma nova etapa em seu diálogo. O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, disse nesta segunda-feira (18), que Washington não estava nem “otimista, nem pessimista”, mas simplesmente “de olhos bem abertos” ante os futuros acontecimentos.