Após ameaças e críticas, o Irã suspendeu oficialmente, nesta quarta-feira (2), a cooperação do país com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
A AIEA é a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que monitora a produção de energia nuclear no mundo, para garantir que nenhum país associado produza uma bomba atômica.
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, promulgou nesta quarta a lei que retira o Irã da lista de países associados à AIEA.
A medida já havia sido aprovada pelo Parlamento do Irã a semana passda, um dia após o cessar-fogo com Israel após 12 dias de ataques. O Irã enfrentou uma série de ofensivas israelenses e americanas direcionados às suas instalações nucleares.
Nesta segunda (30), o Ministério das Relações Exteriores do Irã afirmou aque não pode manter a cooperação de rotina com a AIEA sob a alegação de que a segurança dos inspetores está em risco.
“Não é razoável esperar uma colaboração normal com a AIEA enquanto a segurança dos seus inspetores está em risco”, disse o porta-voz do ministério, Esmaeil Baghaei.
No sábado (28), o chefe da AIEA, Rafael Grossi, afirmou que os ataques às instalações nucleares iranianas causaram danos graves, mas “não totais”, o que contradiz afirmação do presidente dos EUA, Donald Trump.
“Francamente, não se pode afirmar que tudo desapareceu e que não há nada lá”, disse Grossi. Segundo ele, o Irã tem capacidade para retomar o enriquecimento de urânio em “questão de meses”.
Fonte: G1.