“Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome.” Mateus 24:9
25 de agosto de 2019.
Como taxista e DJ, o iraquiano Basman conseguia sustentar a família com facilidade na cidade de Bartella, no Iraque, que é de maioria cristã. Mas tudo mudou para esse pai de família cristão em agosto de 2014, quando o autoproclamado Estado Islâmico (EI) ameaçou invadir os vilarejos na Planície do Nínive. Ele precisou fugir para salvar sua vida e da família.
O cristão de 41 anos tinha casa própria em Bartella. Apesar de terem pequenos problemas com um grupo de muçulmanos, ele não esperava que tudo mudasse do dia para a noite. Mas foi o que aconteceu. Somente em 2017, ele recomeçou a vida como DJ de casamentos usando o microcrédito, concedido através de parceiros locais da Portas Abertas. Basman é um dos mais de 200 beneficiários de microcrédito e nos conta um pouco de sua história. Em resumo, ele diz: “Vocês salvaram minha vida”.
Exatamente em 6 de agosto de 2014, a ameaça do EI foi tanta que todos os moradores de Bartella tiveram que fugir. Além da própria família, formada por esposa e três filhos, Basman também era responsável pelos pais idosos e pela família da irmã viúva. Quando todos começaram a fugir, a família de Basman ficou na cidade até o último momento, até que ficaram sem opção. “Estávamos quietos em casa quando, de repente, os guardas cristãos do vilarejo bateram a nossa porta dizendo que precisaríamos sair imediatamente, pois o EI estava vindo”, relembra.
Basman conta que foi um momento muito difícil, pois não sabiam se conseguiriam chegar a Erbil. Ele descreve: “Houve bombardeios e tiros naquela noite e não sabíamos de onde eles estavam atirando e quem estava lutando. Eu me senti tão responsável por minha família – estava com todas essas vidas comigo no meu veículo. Não sabíamos o que aconteceria conosco, se ficaríamos a salvo ou não”.
Ele conseguiu um lugar para a família em uma fazenda na região de Erbil, onde 52 pessoas se abrigaram. Mas pensava que seria por dois ou três dias. “No verão era bom, mas quando o inverno chegou, foi difícil viver lá, por estar muito longe da cidade”, explica. Como o preço do aluguel de casas na cidade era alto, Basman só tinha uma opção: “Eu decidi que deveríamos sair do país, então vendi meu micro-ônibus e fugimos para o Líbano, onde fomos registrados como refugiados. Eu pedi visto para a França, mas não obtivemos”, diz.
Ajude cristãos no Iraque e Síria a se levantarem
Assim com o Iraque, a Síria também foi atingida pela invasão do Estado Islâmico. Hoje, os cristãos de ambos os países ainda dependem de ajuda externa para conseguir sobreviver. Com uma doação, você permite que três cristãos sírios recebam uma cesta básica, o que faz uma grande diferença para que famílias possam se manter.
Fonte: Portas Abertas