A Nicarágua rejeitou as declarações do embaixador e cônsul israelense na Costa Rica, Mijal Gur Aryeh, que garantiu que o governo do presidente Daniel Ortega abriga uma base, que supostamente “é usada como plataforma para o terrorismo na região”.
A Missão Permanente da Nicarágua junto à ONU considerou em nota enviada ao gabinete do Secretário-Geral da ONU e lida em Manágua pela vice-presidente do país, Rosario Murillo, que o objetivo das declarações é desviar a atenção dos ataques do Exército hebreu contra a Faixa de Gaza.
“A Nicarágua rejeita tais declarações, que pretendem desviar a atenção do genocídio que está sendo realizado por Israel nos territórios palestinos ocupados, das violações flagrantes do direito internacional humanitário, bem como dos crimes sistemáticos contra a humanidade e crimes de guerra que são o resultado de uma política de terrorismo de Estado.” lê o texto oficial ao qual a RT teve acesso.
Além disso, destacou que “em firme cumprimento de suas obrigações internacionais”, Manágua “rompeu relações com o Estado de Israel, assim como solicitou sua intervenção no caso iniciado pela República da África do Sul por violações da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio na Faixa de Gaza”.
“Aliados do Irã”
“O regime de Ortega escolheu o Irã como aliado, que é o maior patrocinador do terrorismo no mundo”, disse Gur Aryeh, que estava presente em Manágua, durante um bate-papo virtual.
O diplomata chegou a garantir que “outros países da região que têm bases do Irã e do Hezbollah“, e acusou a Venezuela e a Bolívia sem provas. “Vemos todos esses aliados do Irã aqui, com atividades muito, muito perigosas para a região”, acrescentou.
Ele também comentou que Israel “ajudou muitos países da América Latina a interceptar grupos terroristas”. “Por exemplo, apenas no último ano no Brasil, Argentina, Peru, Colômbia e México. Então, acompanhamos a situação e quando vemos que há uma oportunidade de deter esses terroristas, cooperamos”, disse ele.