O governo israelense acusou Teerã, em diversas ocasiões, de possuir armamento nuclear. Os iranianos insistem que seu programa nuclear tem fins unicamente civis.
No sábado (11), diversas mídias israelenses relataram que o ministro da Defesa do país, Benny Gantz, notificou Washington sobre seus planos de um possível ataque contra Irã.
Durante sua visita aos EUA, onde se reuniu com o secretário de Defesa Lloyd Austin e o secretário de Estado Antony Blinken, Gantz declarou aos funcionários norte-americanos que Tel Aviv já deu instruções aos militares israelenses “para que se preparem para a opção militar”, relatou a emissora do Exército israelense, citando fonte de segurança.
O interlocutor da rádio afirmou que o “Irã está próximo de produzir material físsil suficiente para uma bomba nuclear”, apesar de não se apressar em “ultrapassar o limite” por compreender a gravidade de um passo como esse.
Por sua vez, a fonte diplomática do The Jerusalem Post indicou que “não houve veto” para o eventual ataque israelense. Em todo caso, segundo os dados do jornal, os norte-americanos não expressaram rejeição das preparações pertinentes de Israel para empreender uma ofensiva contra o Irã.
Após a reunião, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, mencionou “outras opções”, caso não haja uma resolução dos desacordos com Teerã mediante a diplomacia, porém não citou explicitamente a intervenção militar.
“Dados os contínuos avanços do programa nuclear do Irã, o presidente pediu à sua equipe que esteja preparada para o caso de a diplomacia fracassar e que devamos recorrer a outras opções, e isso requer preparativos”, declarou Psaki, enfatizando que as “opções” poderiam incluir “medidas adicionais para restringir ainda mais os setores que dão rendimentos ao Irã”.