Os ataques aéreos israelenses visaram uma série de locais no sul da Síria na noite de quarta-feira, informou a mídia estatal do país, o mais recente de uma série de ataques a instalações ligadas ao Irã atribuídos ao Estado judeu.
De acordo com a mídia síria, o ataque atingiu locais nas Colinas do Golã na Síria e no Aeroporto Internacional de Damasco. O site de notícias al-Arabiya informou que uma base militar que abrigava o 165º Batalhão do Exército da Síria, que teria sido usada pelo Irã para armazenar armas, também foi alvo do ataque.
As Forças de Defesa de Israel se recusaram a comentar os ataques noturnos, de acordo com sua política de não confirmar nem negar suas operações na Síria, exceto aquelas lançadas em retaliação a um ataque do vizinho do norte de Israel.
Não houve feridos registrados nos ataques, mas os danos foram causados, disse o meio de comunicação estatal sírio SANA.
De acordo com a SANA, os ataques israelenses foram conduzidos tanto com mísseis ar-solo disparados por caças a jato quanto com mísseis superfície-superfície.
Os ataques no Golã Sírio aparentemente visaram sites ligados ao Irã e seu aliado, o grupo terrorista Hezbollah, que Israel afirma ter montado uma base de operações na área de Quneitra com a ajuda dos militares sírios, apesar das garantias da Rússia, aliada da Síria que manteria as forças iranianas longe da fronteira. Esta tem sido uma área de grande preocupação para as IDF, que supostamente alvejou posições do Hezbollah e depósitos de armas no Golã muitas vezes ao longo dos anos.
Os ataques ao aeroporto de Damasco provavelmente foram relacionados à chegada de pelo menos dois aviões de carga iranianos a Teerã no início do dia, indicando que o alvo eram carregamentos de armas iranianas.
A base do 165º Batalhão na área de el-Kisweh, ao sul de Damasco, foi alegadamente alvo de Israel várias vezes no passado.
As greves começaram às 22h42 da noite de quarta-feira, de acordo com o SANA.