Em comunicado televisionado, o primeiro-ministro israelense afirma que continuará atuando para trazer de volta todos os reféns levados pelo Hamas para a Faixa de Gaza.
Israel continuará a agir decisivamente para atingir todos os objetivos da guerra na Faixa de Gaza e o retorno de todos os reféns mantidos no enclave, incluindo os mortos. É o que afirmou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, neste sábado (1º).
Mais cedo, três reféns israelenses foram libertados pelo grupo palestino Hamas: o cidadão israelense-francês Ofer Calderon; o cidadão israelense-americano Keith Segal; e o israelense Yarden Bibas (que foi sequestrado junto com sua esposa Shiri e dois filhos pequenos, Ariel e Kfir, um bebê de nove meses que se tornou um dos símbolos da luta das famílias dos reféns e do público israelense para devolver os sequestrados de Gaza). Shiri e as crianças permanecem em cativeiro, com situação desconhecida.
“Cidadãos de Israel, nas últimas duas semanas conseguimos libertar 13 dos nossos reféns, bem como cinco cidadãos tailandeses que também estavam detidos pelo Hamas. Continuaremos a agir decisivamente para trazê-los de volta a Israel e alcançar todos os nossos objetivos, os objetivos da guerra”, disse Netanyahu em uma mensagem de vídeo especial, por ocasião da libertação dos três reféns.
Segundo Netanyahu, Israel espera que todas as etapas subsequentes da libertação dos sequestrados também sejam realizadas com segurança.
“Neste momento, todos os nossos pensamentos estão com Shiri, Ariel e Kfir Bibas e todos os nossos reféns, vivos e mortos, que ainda não retornaram para casa”, disse Netanyahu no comunicado.
Desde 19 de janeiro, um cessar-fogo está em vigor na Faixa de Gaza como parte de um acordo firmado entre Israel e o Hamas para libertar reféns israelenses em troca de palestinos mantidos em prisões israelenses.
Quatro trocas já ocorreram na primeira fase do acordo, que prevê a libertação de 33 reféns israelenses e cerca de mil palestinos presos, em um período de 42 dias. Desde o primeiro dia do cessar-fogo, as entregas de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza aumentaram para 600 caminhões por dia, incluindo 50 que transportaram combustível para o enclave. Entre outras coisas, Israel permitiu que os moradores de Gaza retornassem do sul para o norte do enclave.
Os mediadores do acordo são Catar, Egito e Estados Unidos, que criaram um centro de coordenação no Cairo. No 16º dia da trégua, Israel e o Hamas se comprometeram a iniciar negociações para uma segunda fase do acordo, que incluiria a libertação dos reféns restantes, um cessar-fogo permanente e uma retirada israelense total da Faixa de Gaza. Os mediadores também visam uma terceira etapa, que inclui a troca de restos mortais, a reconstrução da Faixa de Gaza e o fim do bloqueio israelense ao enclave.
Este é o segundo cessar-fogo no conflito: o primeiro foi concluído em novembro de 2023 e durou apenas seis dias. Durante 15 meses de escalada armada entre Israel e o Hamas, 46 mil palestinos e cerca de 1.500 israelenses foram mortos. O conflito se espalhou para o Líbano e o Iêmen e desencadeou ataques com mísseis entre Israel e o Irã.
