Com a eleição de um presidente de linha-dura, o Estado hebraico teria agora uma suposta razão para se preparar para um confronto armado contra o Irã.
O chefe do Estado-Maior de Israel, tenente-general Aviv Kochavi, teria ordenado várias de suas unidades para acelerarem preparações para um possível conflito com a República Islâmica, de acordo com fontes do gabinete do ministro da Defesa de Israel, conta o canal de notícias Breaking Defense.
Uma das principais causas de tal ordem é o fato de que o novo presidente iraniano, Ebrahim Raisi, vai tomar posse oficialmente em 3 de agosto de 2021, e formará um novo quadro de segurança nacional que, em princípio, obedecerá a todas as suas ordens, conforme contou Uzi Rabi, especialista sênior em assuntos do Irã, à mídia.
Em sua primeira coletiva de imprensa, Raisi sublinhou que as relações exteriores da nação persa não vão depender das decisões tomadas em relação ao acordo nuclear.
Ron Ben Yishay, analista sênior de Defesa israelense, escreveu no portal YNET que as chances dos EUA, e dos outros atores envolvidos no Plano de Ação Global Conjunta (JCPOA, em inglês), chegarem a um compromisso razoável são escassas, bem como no que toca ao programa iraniano de mísseis balísticos e sua supervisão regional, informa o Breaking Defense.
Em uma última tentativa de persuadir Washington a não regressar ao acordo nuclear com o Irã, o tenente-general Aviv Kochavi se reuniu na segunda-feira (21) com o general Mark Milley, presidente do Estado-Maior Conjunto, no início de sua visita de quatro dias à capital estadunidense.
Esta foi a primeira viagem de Kochavi ao país, com o objetivo principal de mostrar aos EUA inteligência obtida por fontes israelenses que, alegadamente, prova que o Irã está trapaceando o JCPOA.
Durante seus quatro dias em Washington, Kochavi deverá se reunir com o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, o chefe do Comando Central dos EUA, o general Kenneth McKenzie, e o chefe do Comando de Operações Especiais dos EUA (SOCOM, na sigla em inglês), o general Richard Clark, detalha a mídia.