A imprensa estatal síria informou nesta terça-feira (28) que Israel lançou um ataque aéreo contra o porto de Latakia, o segundo em dezembro no local considerado chave para o comércio do país.
Nas primeiras horas da manhã, “o inimigo israelense realizou um ataque aéreo com vários mísseis do Mediterrâneo … contra o campo de contêineres do porto de Latakia”, informou a agência estatal SANA, citando uma fonte militar.
O ataque causou “grandes danos materiais” e provocou incêndios, acrescentou a SANA.
Israel realizou centenas de ataques aéreos em território sírio desde o início da guerra civil em 2011, principalmente contra posições governamentais, forças apoiadas pelo Irã e combatentes do movimento Hezbollah.
Em 7 de dezembro, Israel lançou ataques contra um carregamento de armas iraniano no porto de Latakia, no oeste da Síria, sem causar vítimas.
Foi o primeiro ataque a essa instalação desde o início do conflito, de acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede em Londres.
“Não comentamos sobre informações na mídia estrangeira”, disse um porta-voz do exército israelense à France Presse (AFP).
Israel raramente comenta os ataques que realiza em seu vizinho do norte, com o qual permanece oficialmente em guerra, mas confirmou centenas deles desde 2011, quando começou o conflito civil na Síria.
De acordo com um relatório do exército israelense, em 2020 foram cerca de 50 alvos naquele país.
A operação mais mortal desde o início desses bombardeios foi em 13 de janeiro de 2021, na qual 57 soldados do regime e combatentes aliados foram mortos no leste da Síria.
Israel tem defendido repetidamente essas operações para evitar que seu arquiinimigo, o Irã, estenda ainda mais sua influência sobre o país vizinho.
O chefe da inteligência militar israelense, general Aharon Haliva, acusou o Irã de “continuar a promover a subversão e o terror” no Oriente Médio.
Nesta guerra sombria, Israel atacou as instalações militares do Irã na Síria e também implementou atos de sabotagem dentro da República Islâmica contra seu programa nuclear.
Teerã tem sido um dos principais apoiantes do governo sírio de Bashar al Assad na última década de guerra civil, contribuindo com fundos e armamento.
O conflito civil na Síria matou quase meio milhão de pessoas desde seu início em 2011, com a repressão brutal às manifestações pacíficas.
Fonte: G1.