Israel atacou a Faixa de Gaza nesta terça-feira, 10, com os bombardeios aéreos mais violentos nos 75 anos de
história do conflito com os palestinos. O país está devastando distritos inteiros, apesar da ameaça do Hamas de
executar um prisioneiro por cada casa atingida. Mísseis atingiram barcos atracados no porto de Gaza.
Tel-Aviv prometeu uma “poderosa vingança” desde que homens armados do grupo terrorista islâmico invadiram suas
cidades, deixando as ruas repletas de mortos, no ataque mais mortífero da sua história.
De acordo com as Forças de Defesa de Israel (FDI), jatos israelenses atingiram mais de 100 alvos na área de AlFurqan, em Gaza, nesta terça-feira, e mais de 250 na segunda-feira 9. As FDI disseram que também atacaram a área
de Rafah, incluindo um túnel subterrâneo usado para “contrabando de armas e equipamentos”.
“A área (Al-Furqan) serve de centro para a organização terrorista Hamas, a partir da qual foram lançadas operações
contra Israel”, afirmou o comunicado das FDI, acrescentando que o país “continuará a operar contra a infraestrutura
do Hamas usada para realizar ataques”.
O Ministério da Saúde de Gaza disse que a retaliação de Israel matou pelo menos 770 pessoas em Gaza e feriram mais
de 4 mil. Os ataques aéreos já se tornaram os mais intensos da história e houve uma escalada nesta terça-feira.
O próximo passo de Israel pode ser uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza, um território que abandonou em 2015 e
mantém sob bloqueio desde que o Hamas assumiu o poder em 2007. O cerco total anunciado na última segunda-feira
impede até mesmo que alimentos e combustível cheguem à faixa.
As FDI orientaram civis a abandonarem imediatamente as suas residências para sua segurança e autoridades de Israel
chegaram a aconselhar palestinos a fugirem para o Egito. Porém, horas depois, a passagem foi fechada. Segundo TelAviv, não haveria escapatória para os militantes do Hamas.
“Não tem onde se esconder em Gaza”, disse Daniel Hagari, porta-voz militar israelense. “Nós os alcançaremos em
todos os lugares.”
Fonte: Veja.