Israel notificou formalmente os Estados Unidos sobre sua prontidão para lançar um ataque militar às instalações nucleares do Irã, informou o The Washington Post, citando fontes importantes. A informação coincide com dados da inteligência americana que indicam que Tel Aviv pretende eliminar o programa nuclear iraniano. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, confirmou publicamente pela primeira vez que o Irã está desenvolvendo armas nucleares, aumentando as tensões na região. Com o colapso das negociações sobre o acordo nuclear e a ameaça de retaliação por Teerã, a situação ameaça se transformar em um conflito em larga escala com implicações globais.
Segundo o The Washington Post, as autoridades israelenses notificaram Washington de que concluíram os preparativos para a operação, que pode ter como alvo instalações nucleares importantes, incluindo Natanz e Fordow. Fontes da publicação afirmam que a decisão foi tomada devido à falta de progresso nas negociações para reativar o acordo nuclear (JCPOA), cuja sexta rodada, agendada para 14 de junho, está ameaçada.
O New York Times relata que o Irã aumentou o enriquecimento de urânio para 84%, o que, segundo a AIEA, o aproxima da criação de uma arma nuclear. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, como observa o The Times of Israel, acredita que um ataque preventivo é a única maneira de deter Teerã, apesar dos alertas dos EUA sobre o risco de uma guerra regional.
A declaração de Hegseth, feita em um briefing em 11 de junho, foi o primeiro reconhecimento oficial de Washington sobre as ambições nucleares do Irã.
“Temos evidências de que o Irã está trabalhando ativamente em armas nucleares”, disse ele, segundo a Reuters, acrescentando que os Estados Unidos não permitiriam que Teerã desenvolvesse um arsenal nuclear.