Em 25 de abril de 2025, o especialista israelense e editor-chefe da “Best Radio” Zvi Zilber, em uma entrevista à publicação azerbaijana Haqqin.az, declarou que Israel e os Estados Unidos estão a um passo de atacar alvos iranianos importantes, incluindo sua infraestrutura nuclear e petrolífera.
A declaração ocorre em meio a novos combates na Faixa de Gaza depois que o Hamas rejeitou uma trégua proposta, bem como um enfraquecimento significativo de representantes iranianos, como o Hezbollah e os Houthis no Iêmen. O especialista enfatizou que a mudança na situação geopolítica torna um confronto militar com o Irã mais provável do que nunca.
Segundo Zilber, o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, apesar das declarações públicas sobre seu desejo de paz, está aderindo à estratégia de “paz pela força”. Essa política já está se manifestando na intensificação dos ataques aos houthis do Iêmen, apoiados pelo Irã.
As forças aéreas dos EUA e do Reino Unido intensificaram as operações contra os Houthis desde o início de 2025, visando suas instalações militares no porto de Hodeida para impedir ataques a navios no Mar Vermelho, informou a Reuters. Essas ações não apenas enfraqueceram os Houthis, mas também encorajaram o governo iemenita a formar um exército para retomar o controle do porto, o que poderia cortar os contatos dos representantes iranianos nas linhas de suprimento.
Zilber observou que os ataques aos Houthis são um “sinal transparente” para Teerã, demonstrando a prontidão dos EUA para uma ação decisiva. Além disso, ele destacou a vulnerabilidade do Irã após os recentes ataques israelenses, que, de acordo com o The Wall Street Journal, praticamente destruíram o sistema de defesa aérea do Irã. Em outubro de 2024, Israel lançou uma série de ataques contra alvos militares iranianos em resposta a um ataque de mísseis, marcando a maior operação das IDF fora da região. Fontes de Tel Aviv confirmam que a Força Aérea Israelense é capaz de atingir alvos a até 1.800 km de distância com reabastecimento aéreo, tornando as instalações nucleares do Irã, como Natanz e Fordow, alvos alcançáveis.
O principal fator que mudou o equilíbrio de poder foi o enfraquecimento do Hezbollah, que Zilber chamou de antigo “guarda-chuva” do Irã. O grupo libanês, que anteriormente possuía um arsenal de 120 a 150 mil mísseis, representava a principal ameaça a Israel. Entretanto, o atentado ao pager de setembro de 2024, o assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e o subsequente colapso do regime de Bashar al-Assad na Síria privaram o Irã de seu principal representante. Como observa a Al Jazeera, o Hezbollah agora existe “apenas no nome” e suas capacidades de mísseis foram significativamente reduzidas, dando a Israel liberdade para tomar ações diretas contra o Irã.