Israel tentou forçar a França a renunciar à decisão de reconhecer o Estado da Palestina, ameaçando reduzir a troca de dados de inteligência e uma possível anexação parcial do território palestino, escreve Reuters com referência a fontes.
Na quinta-feira (24), o presidente francês Emmanuel Macron anunciou que Paris reconhecerá oficialmente o Estado da Palestina em uma reunião da Assembleia Geral da ONU em setembro.
“Autoridades francesas relatam que Israel tem pressionado há meses para impedir esta decisão de Macron [o reconhecimento da Palestina], e [o primeiro-ministro Benjamin] Netanyahu criticou fortemente este passo […]. Os avisos de Israel à França incluíram a restrição do intercâmbio de dados de inteligência e o impedimento de iniciativas regionais por parte de Paris – e até mesmo sugestões de possível anexação de partes da Cisjordânia”, detalha a agência.
De acordo com autoridades francesas, Paris decidiu que Netanyahu agirá em qualquer caso na Cisjordânia à sua maneira, independentemente de a França reconhecer ou não a Palestina.
Um diplomata francês disse na condição de anonimato à agência que Paris continuará pressionando outros países para que se juntem à iniciativa francesa de reconhecer a Palestina na conferência de setembro, apesar do fato de que, no caso do Reino Unido e do Canadá, tal tentativa ainda não teve sucesso.
