O movimento palestino Al-Fatah não descarta uma nova Intifada se os israelenses seguirem seu plano de anexar a Cisjordânia, diz um especialista.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e seu ex-rival nas eleições, Benny Gantz, concordaram em abril passado em prosseguir com a anexação de grandes partes da Cisjordânia a partir de julho próximo, medida repudiada pelos palestinos e pela comunidade internacional.
Essa suposta anexação faz parte do chamado “acordo do século”, apresentado em janeiro pelos EUA, que daria aos palestinos autonomia limitada em uma terra descontínua, deixaria o estratégico Vale do Jordão nas mãos de Israel e esqueceria o problema de milhões de refugiados palestinos ansiosos para retornar à sua terra natal.
Em reação a essa queixa, o comitê central do Movimento Nacional de Libertação da Palestina (Al-Fatah) alertou Netanyahu de que seguir adiante com seus planos anexacionistas terá consequências.
O entrevistado continua observando que, se essas mobilizações pacíficas do povo palestino não forem suficientes para reconsiderar as autoridades da entidade sionista para reverter seus planos hegemônicos na Cisjordânia, a segunda opção que o movimento Al-Fatah está considerando é uma revolta popular contra as forças de ocupação israelenses, isto é, uma nova Intifada, que colocará uma resistência legítima contra esse processo de agressão em violação ao direito internacional que concretiza a ideia da imposição do século endossada pelos americanos.
“A Al-Fatah aponta para se opor à resistência pacífica antes da decisão de implementar e finalizar a anexação e depois seguir para ações mais determinadas que logicamente essas ações decididas têm a ver com uma insurreição, com uma Intifada, com o uso de todas as opções que tem o povo palestino, incluindo os militares“, disse Jofré Leal.