O plano israelense de anexar a Cisjordânia e todo o vale do Jordão provocará conflitos violentos e afetará negativamente as relações de Israel com o reino, alertou o ministro das Relações Exteriores da Jordânia Ayman Sadafi na terça-feira.
“Nos encontramos em uma encruzilhada decisiva. Ou caímos mais fundo no abismo do conflito e da desesperança, ou salvamos a paz, que é uma necessidade regional e internacional“, diz o jornal Jerusalem Post.
O chanceler jordaniano enfatizou que “a mensagem deve ser clara” e alertou que “a anexação não ficará sem resposta”. “Porque se [Israel] existir, haverá apenas um conflito mais feroz. A anexação tornará a solução de dois estados impossível”, disse ele.
“Advertimos inequivocamente contra as sérias conseqüências da anexação na busca pela paz regional e pelas relações jordaniano-israelense”, concluiu.
Rejeição
Anteriormente, o rei Abdullah II da Jordânia alertou Israel do risco de um “conflito maciço” com seu país, caso Tel Aviv implementasse seu plano de anexar os territórios palestinos ocupados. O monarca enfatizou que “os líderes que advogam uma solução de um estado não entendem o que isso significaria” e enfatizou o risco de “caos e extremismo” na área.
Israel planeja pressionar pela anexação parcial da Cisjordânia a partir de 1º de julho, apesar da rejeição que provoca na comunidade internacional e dos avisos da União Européia e dos países árabes. Enquanto isso, o projeto é apoiado pelos Estados Unidos. O plano surge como parte do chamado ‘acordo do século’, apresentado em 28 de janeiro pelo presidente dos EUA, Donald Trump
Este documento foi rejeitado categoricamente pela Palestina e pela Liga dos Estados Árabes, pois, entre outras coisas, prevê que Jerusalém é a capital indivisível de Israel, algo que o lado palestino não aceita em circunstância alguma.