Os dois líderes trocaram cartas nesta terça-feira (15) prometendo desenvolver seus laços no que Kim chamou de “relação estratégica de longa data” e Putin de “cooperação bilateral em todos os campos”.
Em sua carta ao líder, Kim disse que a amizade dos dois países foi forjada na Segunda Guerra Mundial com a vitória sobre o Japão e agora está “demonstrando plenamente sua invencibilidade e poder na luta para esmagar as práticas arbitrárias e a hegemonia dos imperialistas”.
“Os oficiais e homens do Exército Vermelho […] derrotaram o fascismo que ameaçava o destino da humanidade com seu nobre senso de missão pela causa internacionalista e, então, corajosamente se apresentaram na guerra sagrada contra o militarismo japonês para ganhar outra brilhante vitória, dando assim uma grande contribuição para a causa mundial de libertação nacional”, dizia a mensagem citada pela KCNA.
As cartas marcam o 78º aniversário da libertação da Coreia do domínio colonial do Japão de 1910-45, que também é comemorado como feriado nacional na Coreia do Sul.
“Estou firmemente convencido de que a amizade e a solidariedade […] serão desenvolvidas em um relacionamento estratégico de longa data em conformidade com a demanda da nova era […] os dois países sempre sairão vitoriosos, apoiando fortemente e cooperando um com o outro para alcançar seu objetivo e causa comum”, acrescentou o presidente norte-coreano no texto.
Já Putin em sua carta também prometeu fortalecer os laços bilaterais.
“Tenho certeza de que fortaleceremos a cooperação bilateral em todos os campos para o bem-estar dos dois povos e a firme estabilidade e segurança da península coreana e de todo o nordeste da Ásia”, afirmou o presidente.
Os líderes de Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão devem discutir a cooperação de segurança sobre a Coreia do Norte, Ucrânia e outras questões em uma cúpula trilateral em 18 de agosto em Camp David.
O vice-ministro das Relações Exteriores de Pyongyang, Kim Son Gyong, disse que a reunião planejada “expôs abertamente a feia face hostil dos EUA cheia de um senso de confronto”, enquanto destacou a realidade do conselho que “caiu em disfunção sob a autoridade forçada e abuso de poder norte-americano”, segundo a Reuters.