O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, descreveu esta quinta-feira a Coreia do Sul como um “inimigo principal constante” e afirmou que Pyongyang ocupará o território sul-coreano em caso de conflito, informa a KCNA.
“Definir os fantoches sul-coreanos como o rival primário mais prejudicial e o principal inimigo constante e decidir como política nacional ocupar o seu território em caso de contingência é uma medida razoável para a segurança eterna do nosso país e para a paz e estabilidade no futuro”, afirmou. Kim destacou em seu discurso dedicado ao 76º aniversário do Exército Norte-Coreano.
Além disso, ele apelou à manutenção da prontidão para o combate com base num potencial militar mais poderoso. “A paz não é algo que deva ser implorada ou conquistada em troca de negociações”, disse o presidente, acrescentando que Pyongyang já não tem de passar pelo “teste irrealista” de conduzir negociações e cooperação com Seul.
Esta quarta-feira, o Parlamento norte-coreano aprovou por unanimidade um decreto que quebra a cooperação económica com a Coreia do Sul. Em particular, os legisladores cancelaram a lei sobre a cooperação bilateral e a lei sobre uma zona especial de turismo internacional em Kumgangsan, bem como os acordos bilaterais sobre a cooperação económica.
Anteriormente, Pyongyang decidiu reajustar todas as organizações intercoreanas criadas para melhorar as relações e alcançar a reunificação pacífica de ambas as nações. Segundo a KCNA, a decisão deve-se ao facto de actualmente “as relações Norte-Sul terem sido completamente estabelecidas como as de dois países hostis e beligerantes e já não como as de compatriotas”.