Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte, reabriu um campo de prisão que estava fechado desde 1983, segundo o website Daily NK Reports. A prisão é chamada “Campo 17” e, segundo o relato de uma testemunha ao portal de notícias, está sendo utilizado desde novembro de 2014.
Quando Kim Jong-un sucedeu o pai, Kim Jong-il, em 2011, ele realizou uma série de prisões. Muitos oponentes políticos, incluindo o tio de Kim, foram executados, e outros foram enviados para campos de trabalho forçado. Com frequência, famílias inteiras eram encarceradas. Por isso, o sistema de campos de prisão foi expandido.
Sem revelar suas fontes, o Daily NK relatou que fez outra pesquisa nos campos de prisão norte-coreanos. De acordo com uma fonte anônima, a Coreia do Norte opera nove campos grandes de “reeducação”. “As notícias sobre a expansão dos campos de trabalho forçado não deveriam nos surpreender”, disse irmão Simon (pseudônimo), coordenador do trabalho da Portas Abertas com cristãos norte-coreanos.
“Kim Il-sung era um líder poderoso, o verdadeiro ‘Grande Irmão’, amado por muitas pessoas por causa da doutrinação. Seu filho, Kim Jong-il, não tinha o mesmo carisma, mas era muito astuto. Ele fortaleceu o sistema de prisões para reprimir o povo. A maçã não cai longe da árvore. Kim Jong-un, filho de Kim Jong-il, usa a mesma estratégia do pai”, acrescenta Simon.
Como funcionam os campos?
Os campos de reeducação são prisões para cidadãos que, aos olhos do Estado, ainda podem ser corrigidos ou reeducados. Os prisioneiros são forçados a trabalhar e recebem treinamento ideológico. Eles sobrevivem com pequenas porções de comida e, com frequência, sob maus-tratos. Além disso, são expostos a situações de trabalho perigosas e punidos com crueldade. Mas, se o prisioneiro sobrevive, pode ser liberto.
Por outro lado, a Coreia do Norte também opera campos descritos pelo Estado como “zona de controle absoluto”. Nesses campos, os prisioneiros nunca saem vivos. Inimigos do Estado que são considerados incorrigíveis trabalham até a morte. As circunstâncias são ainda piores que os campos de reeducação.
O Daily NK estima que há aproximadamente 200 mil pessoas nos campos de trabalho forçado, o que corresponde à estimativa de pesquisadores da Portas Abertas. No entanto, esse número representa apenas aqueles que estão nos campos. Outras dezenas de milhares de pessoas em instituições penitenciárias (celas regulares de prisão).
Além disso, há centenas de milhares de norte-coreanos que foram banidos para áreas remotas, onde também são vítimas de trabalhos forçados. Eles não vivem em uma prisão ou em um campo, mas também não podem sair da área para a qual foram enviados.
Os cristãos estão em todas essas partes desse sistema de prisão. Uma parte deles foi banido há décadas por causa da fé dos pais ou dos avós. Outros estão nos campos de trabalho forçado. Alguns estão encarcerados porque as autoridades descobriram que eles eram cristãos ou por serem arbitrariamente acusados de outros “crimes”. E os que conhecem Jesus nos campos de trabalho forçado, se tornam cristãos secretos nesses locais.
Programas de rádio para cristãos norte-coreanos
A única maneira de muitos cristãos na Coreia do Norte receberem conteúdo cristão é por meio de programas de rádio clandestinos. Sua doação permite que cristãos norte-coreanos isolados tenham acesso a transmissões de rádio que os encorajam na caminhada com Jesus. Ajude!